domingo, 3 de julho de 2011

Refletir, pensar, calcular, esperar

Tenho refletido demais, pensado demais, calculado demais, esperado demais. Percebo agora que paz de espírito é apenas uma ambição distante. Quando tudo me parece no devido lugar e eu sinto que posso soltar um profundo suspiro de tranquilidade, eis que os fatos mudam. Ou pelo menos a minha percepção deles. Maldita mania de refletir, pensar, calcular, esperar. Que minhas ações consideradas estúpidas - até por mim mesma - sejam, contudo, justificadas: foram causadas por meu sentimento de afeição. Quando a indiferença toma conta do que sinto, nenhum dos hábitos que enumerei se manifestam. Texto sem sentido este. Talvez daqui a alguns anos nem mesmo eu o entenda. Talvez esteja ocupada demais refletindo, pensando, calculando, esperando.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sensações

Aquela sensação de que nada no mundo poderia me trazer mais tranquilidade do que passar longos minutos olhando nos seus olhos já não aparece mais. Minha paz de espírito não tem lugar onde minha consciência reina - e me condena. Não sei mais se ao menos olhar nos seus olhos por poucos segundos será possível. Quero minha tranquilidade de volta, e que com ela voltem o frio na bariga e a admiração. Não é possível que momentos bons evaporem tão facilmente; não pode ser possível que meus sentimentos nunca tenham sida nada além de meras sensações.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Consciência

A hora de dormir é a mais pertubadora. É por isso que a evito ao máximo. Mesmo que minhas pálpebras pesem diante de uma tentativa falha de entretenimento, eu sei que quando minha cabeça encostar no travesseiro a sonolência vai se esvair por completo... dando lugar ao imenso vazio que insiste em reaparecer de tempos em tempos. Os pensamentos metralham minha consciência e minha inconseqüência. Como fugir da voz que grita dentro de você? Como se desculpar com seu bom senso? Como mentir pra si mesmo? Não sei, nem nunca vou descobrir. Porque pouco antes de me afogar por completo no crescente vazio dentro de mim, o subconsciente se encarrega de me sedar. Para que eu possa abrir os olhos novamente de manhã e, ao cair a noite, sentir tudo de novo...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Equilíbrio

Pensei em tantas coisas horríveis pra te dizer que acabei me perdendo. Aí veio o tal do bom senso, "anjinho" sobre o ombro. Não falei. Mas me calar mais uma vez, como sempre e sempre, não é nada bom. Me omitir dessa forma sobre minhas vontades é me conformar com a situação, e eu definitivamente não estou diposta a aceitar isso. Não mais. Foi aí então que o "anjinho" no meu ombro percebeu que uma pequena ajuda do "diabinho", no outro, seria, afinal, benéfico. Se temos o bem e o mal dentro de nós, faz sentido que o que devemos fazer é equilibrá-los. E foi assim que falei, falei falei. Não tanto ou tão ferozmente quanto o "diabinho" queria. Mas definitivamente mais do que o "anjinho" permitiria em outros tempos, quando ainda não sabia o quanto isso me proporcionaria uma consciencia mais leve..