segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vazio

O vazio havia perdido o hábito de me pegar. Sou, portanto, neste momento, vítima de um vazio destreinado, que luta incessavelmente contra resquícios dos meus sentimentos arduamente forjados. Ao estimulá-los por vontade, esqueci-me do que acontece quando dois sentimentos opostos ao mesmo nível convivem no mesmo momento: anulam-se. Eu não me sinto triste, ou frustrada, ou desanimada. O vazio não é só é uma espécie de indiferença... é a pior delas. Eu não me sinto satisfeita, ou eufórica, ou maravilhada. O vazio é a ausência de qualquer outra coisa, é, cruelmente, a auto-indiferença da alma. Eu simplesmente não me sinto.

domingo, 25 de abril de 2010

Eu sinto, tu sentes.

Sentimento. Palavra simples, designada para nomear algo, paradoxalmente, complexo. Aquilo que se sente é parte da mais pura essência da alma e, sendo assim, complexidade com certeza seria característica fundamental. O que se sente não pode ser, portanto, provado, explicado, descrito ou tampouco demonstrado; já que o único capaz de saber com total certeza o que sente é ele: o portador da essêcia base...