sábado, 2 de outubro de 2010

Raiva

Eu sinto a raiva gritando dentro de mim. O sangue que ferve agora tinge meu rosto em tons rubro. Contar até dez, respirar fundo, fechar os olhos. São incalculáveis as receitas pra fazer esse sentimento se esvair. Mas não, eu não quero deixar a raiva escorrer pelos meus dedos. No mais fundo do meu ser eu sei: eu quero senti-la e quero manifestá-la das piores maneiras possíveis. Por alguns segundos, sinto como se nada no mundo pudesse me trazer mais prazer do que exterminar o causador desse sentimento. Tenho prazer em manifestar a raiva... Mas ao fazer isso, a dissolvo. Por que sentimentos sempre caem em paradoxo? Ah, ser humano contraditório...