segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Areia molhada

Está na hora de derrubar o castelo de areia que construí - e construo – com você. Não que eu queira fazer isso - nem mesmo sei se posso. É que a maré tem subido (quase que imperceptível), e eu temo o quão frustrante será quando o mar derrubar o que moldei. Eu lutaria para que a água não o derrubasse; faria até mesmo barreiras pra evitar o que, por natureza, é algo certo. Mas você não faz questão de mantê-lo em pé. A cada dia sinto mais forte a brisa marítima. Ela passa suave, mas desprende alguns grãos de areia. Sutil, mostra o destino do meu castelo. Se eu tivesse coragem suficiente, derrubaria num golpe só. A brisa as vezes parece se enraivecer comigo. É que ela sabe que eu sou medrosa...